Os Véus da Dor, por W.W. da Matta e Silva
- Patrick Leitão
- 7 de fev.
- 2 min de leitura

Dedico esta “mística” àqueles que se arvora em “juízes” do meu Carma e foram ou se dizem ainda meus amigos... Que possam Interpenetrá-la e meditar... visto se terem enganado , redondamente, nas sua “sentenças”, nas suas “predições”
Os Véus da Dor...
Oh! Senhor dos Mundos... Onde estás? Que não te ouço mais, desde aquele instante-luz – marco na eternidade de minha percepção consciente, dito como livre-arbítrio!
Instante maldito em que, usando de minha vontade, desci às terríveis regiões cósmicas da ignorância – do desconhecido!...
Onde estás?! Onde está agora, Senhor?! Quando as chagas da dor, de sofrimentos mil, vêm marcando como fogo esta minha alma, através de tantas e tantas encarnações e nesta se consubstanciaram na tremenda exigência desse testemunho de fogo.
Oh! Senhor das Vidas! Quão rígido é sentir-se os véus da dor abrir o íntimo da consciência e revela em quadros retrospectivos a soma das ações contundentes, com as quais feri, da esquerda para direita , a esses e aqueles!...
Oh! Senhor da Eternidade! Quão horrível é ver se rasgar os Véus da Dor, sentindo o consciente Interpenetra-la, nas profundas razões – de causas e efeitos, geradoras dessas condições, já marcadas no ritmo da consequência...
Mas, oh! Senhor das Almas! Afirmo-te conscientemente: - mais dolorosa que essas dores foram à revelação que a mim veio...
Passarão as noites e os séculos, aos milhões, na repetição incessante dos Ciclos e, entretanto, à libertação final se encontra tão longe ainda, quanto a distância-luz que falta para ascender, através das galáxias, à Linha de Evolução Original – aquela de onde vim...
E é por isso, Senhor, que sofro a desesperação de um saber, preso às células orgânicas que desgastei, no entrechoque das lutas e das emoções!...
Sim, sim Senhor das vidas! Porque estas células sensíveis conservam, no íntimo de sua natureza, a marca dos “espinhos” que rasgaram os véus da minha vontade, dos meus desejos, desnudando-me a alma para a vertigem das encarnações...
Sim! Ainda conservo a lembrança de meu primeiro pranto consciente, porque vi impressas nas lágrimas derramadas, as sendas que havia construído no passado...
Elas, Senhor, se uniam como linhas, no final, formando um caminho e nele eu me via frente a frente com meu ponto crucial.
Mas, oh! Senhor das Consciências! Quantas vezes – TU bem o sabes – consegui afastá-lo, pelas mil artimanhas de meu espírito... e, no entanto, ontem senti a imperiosa necessidade de enfrenta-lo e hoje, ele – esse ponto crucial, rasga mais um véu, o da grande dor, no testemunho consciente da prova que aceitei e dei nesta vida...
Agora, oh! Senhor da Suprema Lei, que parece tudo haver passado como um furacão me ajuda a esquecer – porque, perdoar eu já o fiz – as dolorosas impressões que ainda estão aferradas em minha alma, de tantas traições, de tantas e tantas punhaladas e de tantas e tantas incompreensões...
Matta e Silva – Mestre Yapacani




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