Influência dos Árabes e Hebreus na Umbanda
- Patrick Leitão
- 15 de jul.
- 2 min de leitura

Foram os árabes, herdeiros dos tesouros da babilônia de Alexandria, que salvaram os clássicos gregos que continham 6000 anos de sabedoria egípcios – atlantes, ao traduzirem – nos para sua língua. A partir de 711DC, os árabes maometanos empreenderam a conquista do território europeu, fundando no território dos Visigodos, hoje Espanha e Portugal, os seus diversos Califados e Emirados. Em quase 700 anos de ocupação militar, os eruditos árabes introduziram na Europa de então novas formas de conhecimentos científicos, filosóficos e poéticos baseados nos clássico Greco – egípcio, sendo uma das causas do período europeu chamado de Renascença.
É de notar, também, que árabes e hebreus pertencem ao mesmo grupo racial semita e, como tal, muitas vezes, estiveram profundamente ligados na vitória ou no cativeiro, quer sob os egípcios, quer sobre os assírios, quer sob os romanos, ou ainda, sob os persas. Assim, quando da expansão maometana, os hebreus acompanharam – nos e juntos levaram aos europeus ‘retalhos’ daquela sabedoria que haviam apreendido e herdado em Alexandria e Babilônia brilhavam os árabes na arte da El – Kimya (Alquimia) e os hebreus na arte da Kabbalah (Qabbala).
O Califado de Córdoba, na atual Espanha, foi o ponto de contato privilegiado para os novos iniciados dos Séculos, IX e X DC, pois lá floresceram os ensinamentos dos mestres alquímicos árabes Jabir Ibn Hayan (Geber), Al Razi e Ibn Sina (Avicena) e dos mestres Cabalísticos hebreus Akiba e Semeon Bem Jochai. Desta forma, assim como para os gregos da Antiguidade em relação ao Egito, uma peregrinação ao Califado de Córdoba tornou- se imperativo para aqueles que desejavam progredir no caminho da Tradição Iniciática.
Foi o que fizeram vários iniciados da época, desde o famoso Gerbeto, que se tornaria Papa, até Nicolas Flames. Esta foi a fonte de conhecimento esotérico na qual, posteriormente, se saciaram Alberto, o Grande, Arnaud de Villenauva, Raymond de Lulle, Paracelso, Jacob Boehme, Pico Della Mirandolla e Saint Yves D’Alveeydre.
Dentre esses sábios, destacamos dosi nomes que merecem nossa atenção: Raymund Lulle e Saint Yves D’Alveydre. O primeiro, Lulle, porque foi o propagador, na Europa Ocidental, do esoterismo hebreu ou a Qabbala, que se tornaria parte integrante do Esoterismo Europeu, o segundo, D’Alveydre, porque ao fazer uma tradução do Gênesis Hebraico, de acordo com o pensamento mosaico e não sob o prisma católico, transformou a analise alfabética em uma verdadeira ciência: a Arqueometria.
Foi desse movimento esotérico, emanado do Califado de Córdoba, que resultaram as Linhas Mestras da Magia Européia Ocidental. Assim, quando os árabes começaram a ser derrotados pelos reis católicos e iniciou – se a expulsão dos judeus da Espanha, paradoxalmente veem – se estes próprios reis, como Afonso X, Rei de Castella, tornarem – se protetores e até alunos de seus protegidos Alquímicos e Astrólogos Hebreus, já que a Renascença havia feito com que os ocidentais descobrissem, com admiração, o saber esotérico Greco – egípcio, gerador e mantenedor do saber científico preservado pela civilização árabe. Isto explica também, porque Henrique, o Navegador, deu guarida, em Portugal, a sábios árabes e hebreus, desde que adotassem nomes e maneiras cristão, chamados – os de “Cristãos Novos”.
Continua
Diodoro
Ivan H. da Costa
Fabre D’Olivet




Comentários