A Raiz Heleno-Semita da Umbanda
- Patrick Leitão
- há 1 dia
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Filosofia do Oculto
Sabedoria dos Guerreiros Atlantis
Oh! Senhora Agartha – Senhora da Luz Velada, olhai por nós!

Com a Idade do Gelo, que se instalou nos extremos norte e sul do planeta, o recuo das águas dos oceanos — represadas e congeladas nos novos círculos polares — fez emergir novas terras dos oceanos, entre elas um imenso arquipélago no atual Oceano Atlântico, um nome de certíssima memória atávica.
No decorrer dos milênios, neste arquipélago desenvolveu-se uma nova civilização sobre a qual a Tradição Esotérica não tem a menor dúvida de sua existência.
A memória de sua existência foi conservada pela maior e mais antiga civilização conhecida: a civilização egípcia. Foram justamente os sacerdotes egípcios que informaram aos sábios viajantes gregos sobre a existência da Atlântida.
Os egípcios — enquanto classe dominante da nação egípcia — consideravam-se os herdeiros da sabedoria e da Tradição Iniciática da Atlântida, a qual haviam absorvido, originariamente, através da área mediterrânea do delta do rio Nilo, onde formaram os “Nomos” do Baixo Reino Egípcio.
Os próprios anais históricos egípcios registraram os “Shensu-Hor”, os companheiros do Deus Hórus, que seriam os colonizadores vindos do exterior do Egito e que, reunindo os clãs nômades já existentes, seriam os primeiros fundadores do Reino do Baixo Egito. Posteriormente, conquistados por Narmer, fundiram sua sabedoria atlante com a cultura melanina vinda do Alto Reino.
Embora os habitantes do vale do rio Nilo — os chamados “nilotas” comuns — pertencessem a várias matrizes de cor, do acobreado ao negro, aqueles “Shensu-Hor”, conquistadores do norte, eram de origem racial branca.
Isso fica patente ao se verificar que a aristocracia do Baixo Reino Egípcio, até a época posterior à Dinastia XVIII, era do tipo racial branca, ao contrário do Alto Reino Egípcio, que era de raça negra ou nilótica. Este último fato explica por que Narmer (ou Menés), ao afirmar a “superioridade” racial de seu povo conquistador, e marcar a diferença racial existente entre eles, denominou o novo império resultante da fusão dos dois Reinos por “Kemit” — o “Negro”.
Com essa fusão de raças e saberes secretos, ainda assim predominou o saber atlante — certamente modificado e adaptado à nova era — entre os povos que habitavam a bacia mediterrânea.
Assim, a concepção da civilização egípcia — cuja raiz fora atlante, como receptáculo da sabedoria secreta por excelência — é mais antiga do que as nossas próprias tradições greco-latinas, que nela tiveram sua origem. E essa tradição ressurgiu pela ação dos iniciados gregos que trocaram, novamente, o nome “Kemit” por “Aigupto”, uma corruptela de Hat-Ka-Ptah, o Templo da Divindade Ptah.
Para os gregos de então, a visita e a estadia nos três principais templos egípcios — o de Abidos (Osíris), o de Hermópolis (Hermes) e o de Heliópolis (Rá) — eram como uma peregrinação às próprias fontes da iniciação secreta. Sólon, Heródoto, Platão, Estrabão e Diodoro assim o fizeram. Platão, por exemplo, cursou treze longos anos na Escola Iniciática de Heliópolis. Foi a esse mesmo templo que se dirigiu Pitágoras, antes de fundar em Crotona (Sicília) sua “Loja Iniciática”.
É justamente um ilustre grego, Diodoro da Sicília, quem nos relata:
“Os egípcios, aproveitando-se das condições favoráveis, fizeram da Astrologia sua ciência própria, da qual foram os primeiros estudiosos. Os caldeus da Babilônia eram emigrados do Egito e, com estes, haviam aprendido Astrologia.”
Foi com ambos os povos — egípcios e caldeus — que os gregos aprenderam suas lições astrológicas, frequentando os centros astronômicos egípcios, como o Templo de Denderah, em cujo teto estava esculpido o zodíaco circular mais antigo do mundo.
Posteriormente, o caldeu Beródio (c. 350 a.C.), sacerdote do deus Baal Marduk em um dos zigurates da Babilônia, radicou-se na ilha grega de Cós, onde trocou lições astrológicas por lições de medicina hipocrática.
Assim, quando os egípcios desapareceram como nação livre na longa noite da história, sua matemática, geometria, medicina, alquimia, astrologia, gnose — enfim, seu saber iniciático, cuja origem fora atlante — sobreviveram por meio de seus administradores e discípulos gregos. Com a fundação da cidade de Alexandria, no delta do rio Nilo, esses tesouros do saber egípcio foram mantidos desde 332 a.C. até 640 d.C., quando foram conquistados pelos persas e, posteriormente, pelos árabes.
Continua
Diodoro
Ivan H. da Costa
Fabre d’Olivet A Raiz Heleno-Semita da Umbanda
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