Nos Mundos Inferiores, A Existência É Toda Material
- Patrick Leitão
- 17 de jan.
- 2 min de leitura
O Iluminador de Almas

Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são inferiores aos da Terra, física e moralmente. Outros, da mesma categoria que o nosso, e outros que são mais ou menos superiores a todos os respeitos.
Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermediários, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais adiantados, dividi-los, de modo geral como segue:
Mundos primitivos, destinados as primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas ainda tem o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence a categoria dos mundos de expiação e provas, razão porque aí vive o homem a braços com tantas misérias.
Os espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingirem a perfeição. Quando em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por adiante, até que chegam ao estado de puros espíritos.
É lhes uma recompensa acenderem a um mundo de ordem mais elevada, assim como é um castigo prolongarem a sua permanência em um mundo atrasado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.
Trecho do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
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