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Mediunismo

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 15 de mar.
  • 2 min de leitura
Foto de uma cerimônia de Umbanda.

Pergunta: - Por que a mediunidade não se manifesta só de modo pacífico? Qual graça decorrente da evolução humana? Em geral, ela eclode nas criaturas produzindo-lhes distúrbios mentais ou perturbando-lhes o próprio organismo físico. São justos tais acontecimentos?


   Ramatís: - Só a mediunidade saudável e natural, que é fruto do maior apuro espiritual da alma, revela-se de modo sereno e em suave espontaneidade, como um dom inato e sem produzir quaisquer sensações desagradáveis no ser. Entretanto, “caso se trate de uma ‘concessão” provisória feita pela Administração Sideral, isto é, a “mediunidade de prova”, como decorrência de uma hipersensibilidade prematura despertada excepcionalmente pelos técnicos do mundo astral com o fito de favorecer aos espíritos muito endividados, a sua recuperação espiritual pregressa, o seu despertamento, é em geral sujeito as várias circunstâncias desagradáveis.


  Durante o período de florescimento da mediunidade, a maior ou menor perturbação psíquica ou orgânica do médium também depende muitíssimo do tipo de suas amizades espirituais e do seu modo de vida no mundo material. As alegrias, os sofrimentos ou tristezas que o tomam de súbito também decorrem do tipo das aproximações do Invisível, que se sintonizam perfeitamente aos seus pensamentos manifestos.


   A tarefa mediúnica não compreende somente a função mecânica de o médium transmitir as comunicações dos espíritos desencarnados para o cenário terrícola, atendendo à prosaica função de ‘ponte viva’ entre o mundo material e o Além.


   Ela requer, também, que os medianeiros vivam uma existência digna e operosa na carne, a fim de lograrem sintonia com espíritos sublimes e responsáveis pela redenção do homem. Toda imprudência, desleixo, rebeldia, má vontade ou paixão viciosa por parte dos médiuns em prova, no mundo físico, geram toda sorte de distúrbios psíquicos e mesmo sofrimento físicos incontroláveis que, devido a isso, tornam o desenvolvimento mediúnico um processo torturante.


   É muito comum à maioria dos médiuns iniciarem o seu despertar mediúnico sob atuação dos espíritos sofredores, imperfeitos ou obsessores, que, aproveitando-se da ‘porta mediúnica’ aberta para a fenomenologia do mundo físico, atiram-se à satisfação dos seus objetivos impuros e cruéis.


   Desde que o médium invigilante e desregrado ainda esteja comprometido por dificultoso resgate cármico, ele então se converte no instrumento favorável para o vampirismo dos desencarnados, que se debruçam avidamente sobre o mundo material. A mediunidade, num sentido geral, só desperta nos homens pela ação do sofrimento, que lhes afeta a carne e o psiquismo para depois amainar sob um desenvolvimento ordeiro, nos ambientes evangélicos, dirigidos por elementos experimentados.


   Só então é que o médium neófito e perturbado pouco a pouco se ajusta à sua tarefa incomum e assume o controle psíquico do corpo, enquanto procura sintonizar-se vibratóriamente com o espírito guia e benfeitor, que deverá protegê-lo na sua tarefa de intercambio com o mundo invisível.


Ramatís

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