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Raiz Melanina da Umbanda

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 3 de jul.
  • 2 min de leitura

Sabedoria dos Lemurianos


Foto de sacerdotes iorubas, representantes da raiz africana da Umbanda.

É a este conjunto de conceitos religiosos da antiga raça negra, preservados principalmente pelos iorubanos, que denominamos de "Raiz Melanina da Umbanda".

Quando da ruptura do continente único, a primeira raça humana quase foi totalmente dizimada. Partes dos sobreviventes, entre os horrores dos cataclismas, obrigados a extensas migrações consecutivas em busca de condições de sobrevivência, acabaram por se alterarem biologicamente, ocasionando o aparecimento de outras raças humanas.


   A antropologia e etnologia relatam que tal fato pode ter ocorrido, de forma independente, no continente africano, no sudeste da Ásia e na península indiana. A tradição iniciática informa que tal fato se deu, primeiramente, na Ásia Central. Segundo o esoterismo chinês e siberiano, existiu no atual deserto de Gobi, numa época em que esta região ainda era fértil, a civilização de Uighur. Esta civilização abrangeu grande parte da Ásia e tinha sua capital perto do atual lago Lob-Nor, no atual território chinês de Sinkiang.

Imensos cataclismos atingiram a civilização; pequenas elevações se transformaram nas atuais cadeias montanhosas do Himalaia, Altai, Pamir e Karakorum, modificando e drenando o curso dos rios existentes, tornando a região do Uighur no enorme deserto de Gobi.


  Os sobreviventes dessas catástrofes permaneceram apegados aos poucos assentamentos que ainda hoje formam pequenos lagos. Há cerca de 12.000 anos, um povo de pele negra e cabelos encaracolados, classificado como Melanina, saiu desta mesma região do lago Lob-Nor e atravessou o Himalaia para o vale do rio Indo. Embora pouco numerosos, foram bem recebidos pelos drávidas, também melaninas, sendo chamados de Naacals, "Altos Irmãos".


  Os Naacals ensinaram aos drávidas matemática, geometria e arquitetura, possibilitando a construção das cidades de Mehenjo-Daro e Harapa. Quando os arianos derrotaram os drávidas, os Naacals partiram para a África, alcançando o vale do Nilo, onde se dividiram e contribuíram para o surgimento de reinos africanos.


   A miscigenação de povos levou à formação de novos reinos, como o Alto e Baixo Egito, unificados por Menês em Kemit, "O Negro". A segunda onda migratória alcançou o Nilo Branco, Congo, Benue e Níger, formando impérios africanos como Ghana, Mani-Congo, Benin, Dahorney e Ioruba.


  O Império Iorubano preservou a tradição iniciática, formando cidades-estados como Ifê, sede da sociedade Oshogboni e dos Babal'awo, sacerdotes do Culto dos Orixás e da Divinação do Ifá.


   A religião iorubana alcançou um alto grau de sofisticação, comparável à grega, e foi preservada durante a diáspora para o Brasil, especialmente na Bahia, onde o Candomblé se desenvolveu com forte influência nagô.


  Nos conceitos iorubanos sobre Deus Supremo (Olorun), o Eterno Masculino e Feminino (Obatalá e Ododua), o Dinamizador da Existência (Seu Yangi), as Forças Vitais (Iwá, Achê, Abá), o Mediador (Orisa), os Universos Paralelos (Aiyé e Orum), o Destino (Odu), a Veneração dos Antepassados (Egun, Agbá), e nas Sociedades Secretas (Egungun, Gelêdé), vê-se o legado desta tradição ancestral.


 É este conjunto de conceitos religiosos da antiga raça negra, preservados principalmente pelos iorubanos, que denominamos de Raiz Melanina da Umbanda.


Froebenius Ivan H. Costa, Mestre Itaoman, Reginaldo Pradi


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