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Pequeno Dicionário de Botânica Oculta - Parte 1

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 24 de mar.
  • 31 min de leitura

Atualizado: 25 de mar.

Ilustração de várias espécies de plantas e árvores, incluindo palmeiras, árvores frondosas e gramado, organizadas em uma grade visual.

  Neste brevíssimo dicionário de Botânica Oculta fizemos constar o nome de algumas plantas com sua denominação vulgar, acompanhada, porém, da científica, isto é, em latim, com a finalidade de evitar erros, pois é sabido que uma mesma planta costuma ser conhecida sob diferentes nomes.


  Com a denominação latina podem, por conseguinte, tanto na Espanha como na América e em qualquer ponto do globo, conhecer exatamente a planta que descrevemos, porquanto para isto é bastante que se consulte uma Botânica corrente.


   Anotamos também, neste pequeno dicionário, embora muito brevemente, os usos medicinais que a ciência oficial nos ensina e a seguir nos ocupamos de suas virtudes mágicas, segundo a ciência oculta.


   Por último, registramos, algumas vezes e a título de curiosidade, as crenças e práticas supersticiosas sobre as plantas que tão prodigamente nos oferece o amplo campo do folclore.


   Fizemos preceder a publicação deste dicionário de umas breves notas astrológicas para que o leigo no assunto saiba, em momento fixo, a hora conveniente em que se deve colher uma planta, quando se trata de utilizá-la em alguma operação mágica. Embora esta condição seja absolutamente, indispensável no citado caso, pode-se prescindir dela quando se trate de utilizar as plantas em Terapêutica.


   Todavia, cumpre-nos fazer constar que os médicos da Antiguidade prescreviam suas receitas, levando em consideração as influências planetárias. Mas, em princípios do século passado, havia médicos que não purgavam nem sangravam seus enfermos sem antes consultar a influência da lua e se o signo zodiacal não lhes era favorável.


   Relação dos autores consultados para a confecção do presente dicionário: Agrippa, Alberto Magno, Dioscórides e o Divino Paracelso.


AGAVE (Anthalonium Levini): As folhas frescas deste cacto, mastigadas, produzem alucinações aterradoras; com as folhas secas, também mastigadas, obtêm-se visões alegres, de caráter erótico. Esta planta é muito procurada pelos índios do Texas e Novo México. O cacto, em todas as suas variedades, traz sorte, segundo a crença popular. Deve ser colhido na hora de Saturno.


AGÁRICO (Viscum album): Tão famosa na antiguidade, hoje em dia esta planta está relegada quase ao esquecimento. A ciência médica prescinde dela, e, no entanto, possui algumas qualidades terapêuticas bastante apreciáveis, pois é sabido que dá excelentes resultados em diversas doenças nervosas, como, por exemplo, nas convulsões e na epilepsia. Em ditas doenças se emprega o agárico na forma de decocto. Obtém-se, fervendo, durante quinze minutos, 5 gramas de material triturado, em meio litro d'água. Dose: uma chavenazinha cada quatro horas.


   Segundo Plínio, a infusão do agárico, tomado no final do período menstrual, facilita a concepção e combate a esterilidade, em muitos casos.


   Botânica oculta: No Natal, na hora astrológica propícia, os druidas celebravam pomposamente a colheita das bagas do agárico. Estas bagas saturadas do tríplice fluidismo da árvore, dos astros e da fé dos participantes à cerimonia, convertiam-se em poderosos condensadores magnéticos que utilizavam para realizar curas maravilhosas, em casos verdadeiramente desesperados.


   Eis o que diz em seu Glossário Teosófico H. P. Blavatsky: Agárico: Este curioso vegetal, que cresce somente como uma parasita em várias árvores, como a macieira e a azinheira, era uma planta mística em diversas religiões antigas e, sobretudo, na dos druidas celtas.


   Seus sacerdotes cortavam o agárico em certas estações, com muitas cerimonias e servindo-se apenas duma foice de ouro, especialmente consagrada. A título de explicação religiosa, Hislop insinua a idéia de que, sendo o agárico um ramo que brota duma Árvore-Mãe, foi adorado como um ramo divino saído de uma árvore terrestre, a união da Divindade com a Humanidade. Em alemão, o nome desta planta significa "cura-o todo".


   Compare-se o Ramo de Ouro mencionado na Eneida de Virgílio (VI, 126) e na História Universal de Plínio (XVII, 44): "Sacerdos cândida veste cultus arborem scandit falce aurea demetit". (Um sacerdote vestido de branco sobe a árvore e corta o agárico com uma foice de ouro). Entre os druidas, esta planta parasita simboliza o sacrifício divino, a descida do Espírito à Matéria.

   Botânica oculta: Quente e seco.

   Signo Zodiacal: Touro.


ABRÓTONO (Abrotanum): Planta parecida com o absíntio. É anti-helmíntica, estomacal e estimulante. Recomenda-se para provocar o fluxo menstrual e excelente para facilitar os partos.


   Botânica oculta: Quente e seco.

   Planeta: Lua.

   Colhe-se em princípios de abril, sob o signo de Escorpião.


ABSÍNTIO (Artemisa absinthyum): É vermífugo e febrífugo. Produz insônias e alucinações terrificantes nas pessoas muito nervosas.


   Botânica oculta: Receptáculo do astral inferior. Suas flores, secas e queimadas, empregam-se como poderoso perfume nas evocações infernais.

   Planeta: Marte.

   Signo zodiacal: Capricórnio.


ACÁCIA (Acacia): Árvore sagrada dos egípcios. Na fran-co-maçonaria simboliza a imortalidade da alma. No grau Rosa-Cruz e em diversos ritos maçônicos ensina-se que a Acácia lembra que foi desta madeira a cruz em que morreu o Divino Mestre.


   Botânica oculta: O suco de dito fruto, colhido na hora planetária correspondente, é misturado nas tintas que servem para desenhar os talismãs sobre pergaminhos.    Planeta: Mercúrio.


AÇAFRÃO (Crocus sativus): Possui muitas propriedades curativas, mas seu emprego não pode ser recomendado a profanos na arte de curar.


Botânica oculta: Utiliza-se em feitiços e em perfumes mágicos.

Colhe-se quando o Sol está em Leão ou em Peixes ou quando a Lua está em Câncer.


ACANTO (Acanthus mollis): Planta perene. Suas folhas cheias de suco mucilaginoso são aperitivas, emolientes e muito eficazes para curar toda sorte de queimaduras. Desconhecemos suas propriedades mágicas, se é que as tem.


   Planeta: Marte.


ACÔNITO (Aconitum napellus): Os leigos no assunto não devem fazer uso desta planta em matéria medicinal, pois oferece graves perigos.


   Botânica oculta: É fria e seca. Emprega-se (misturada com arruda, açafrão e aloés) em fumigações para afastar os maus espíritos. É uma das doze plantas dos Rosa-Cruzes. Os gregos diziam que esta planta nascera da baba de Cérbero, quando Hércules o tirou dos infernos. Atribuísse-lhe a virtude de fazer renascer o pelo.

   Planeta: Saturno.

   Signo zodiacal: Capricórnio.


AGNOCASTO (Agnus castus): Paracelso chamou esta planta de satânica e empregava seus grãos em infusão para curar "os ardores da carne". Suas propriedades afrodisíacas já eram conhecidas dos atenienses, os quais colocavam esta planta em seus leitos com a finalidade de conservar a continência.


   Planeta: Saturno.

   Signo zodiacal: Câncer.


AGRIMÔNIA (Agrimonia eupatoria): Fria e seca. É vermífuga; suas folhas são adstringentes; cura as anginas, as nefrites, os fluxos leucorréicos, a debilidade da bexiga. Em loção é muito boa contra as cataratas, as luxações, as feridas. É eficaz contra as picadas de cobras.


   Colocadas sobre a cabeça duma pessoa dormindo, as folhas desta planta privam-na de acordar. AIPO (Apio graveolens). Os grãos desta planta são digestivos e muito eficazes contra as flatulêncías. Suas raízes são diuréticas e aperitivas. A infusão desta planta (200 gramas num litro de água) é um bom remédio para reduzir o leite das mães. Dose: uma xicarazinha de três em três horas.


   Botânica oculta: Planta sagrada entre os gregos; utilizava-se em muitas cerimonias fúnebres. Desconhecemos suas virtudes mágicas.


ALCACHOFRA (Scolymus): Um pouco afrodisíaca. A raiz ou o grão, se colhidos quando o Sol entra no quinto grau da constelação de Libra, curam os fluxos de sangue e as dores do ventre. A água do cotão interior é excelente para conservar os cabelos.


   Planeta e Signo Zodiacal: Marte em Escorpião.


ALHOS (Allium sativum): Os egípcios prestavam grandes honras a estes bulbos; os gregos, contudo, proibiam a entrada no templo de quem tivesse comido alho. No que diz respeito aos efeitos medicamentosos, a ação destes bulbos tem sido apreciada em todas as épocas. São anti-helmín-ticos, estimulantes, anti-reumáticos e expectorantes; corrigem a menstruação; são bons contra a hidropisia e o mal-de-pedra. Empregam-se também com êxito contra as bronquites.


   Aplicados diretamente, ou seja, sem a gaza que entra em contato com a pele, são um excelente calicida e servem igualmente para combater a sarna e a tinha. Recomenda-se o uso de alho no combate à raiva.


   Ao atacado de hidrofobia dá-se a quantidade de alhos que seu organismo puder tolerar, submetendo-o logo a um banho de vapor para provocar em seu organismo a maior abundância possível de suor. Paracelso informa ter curado por este processo muitos doentes atacados deste terrível mal.


   Botânica oculta: Para preservar-se de todo malefício, colhem-se sete alhos na hora de Saturno, enfiam-se num barbantezinho de cânhamo e carregam-se pendurados no pescoço durante sete sábados e ficar-se-á livre de feitiços por toda a vida.


   Para afastar os pássaros duma árvore, basta untar os galhos com um alho. Se a pessoa deseja alhos inodoros, é só plantá-los e colhê-los quando a lua não se acha sobre nosso horizonte.


ALOÉS (Aloé socotrina): Gênero de plantas liliáceas; de suas folhas se extrai um suco que se converte em massas quebradiças, de cor de alfarroba. Quando ministrado com acerto, produz excelentes efeitos. Como aperitivo, dosificam-se entre cinco a dez centigramas.


   Como purgante, ministra-se uma dose entre dez centigramas a um grama e meio, segundo a idade de quem a tomar. Para as crianças, é sempre um mau purgante. Também as mulheres grávidas não devem torná-lo.


   Tomarão em dose de meio grama e repetidamente durante certo tempo, provoca a evacuação menstrual. As loções de suco de aloés com vinagre evitam a queda do cabelo.


   Botânica oculta: O aloés em pó, misturado com incenso, emprega-se como perfume para atrair as influências de Júpiter.


ALFORVA (Trigonella foenum graecum): Aplicada em cataplasmas, a farinha de suas sementes é remédio eficaz para resolver as inchações e inflamações.


AMIEIRO (Betulo nigra): Esta planta oferece a circunstância de que suas folhas se tornam brancas, quando a atmosfera se dispõe a chover. Assim sendo, constitui perfeito barômetro natural.


Botânica oculta: O carvão desta madeira se emprega para traçar os círculos mágicos nas evocações diabólicas.


ANGÉLICA (Archangelica officinalis): Tem o nome de Erva-do-Espírito-Santo. Sua raiz é tônica e estimulante; emprega-se com êxito contra a debilidade dos órgãos digestivos. Em geral, possui propriedades antiespasmódicas, carminativas e estomacais.


Botânica oculta: Boa para prevenir alucinações; contrária à fascinação; colocada no pescoço das crianças, defende-as contra toda sorte de embruxamento.


   Colhidas na hora de Saturno, as folhas são boas para curar a gota; a raiz, arrancada nas horas de Sol ou de Marte, sob o signo de Leão, cura a gangrena e as mordidas venenosas. Colhe-se em fins de agosto.    Signos Zodiacais: Leão e Aquário.


ANIS-VERDE (Pimpinella anisum). - Os frutos desta planta ativam o trabalho do estômago e dos intestinos; além disso, é diurético e atemperante. Usa-se em infusão, aquecendo-o até à ebulição 10 gramas de seus frutos em um litro de água. Tapar bem, deixar esfriar e coar.


   Para combater as cólicas das crianças de peito, a ama-de-leite deve tomar uma xicarazinha de três em três horas. Em loções, melhora a vista; em infusão com vinho e açafrão, cura as oftalmias; em fragmentos amolecidos em água e introduzidos nas fossas nasais, cura as úlceras do nariz.


   Botânica oculta: Desconhecemos-lhe propriedades mágicas. Suas propriedades curativas são mais eficazes se dita planta for colhida na hora de Mercúrio sob as constelações de Gêmeos ou Virgem.


ARISTOLÓQUIA (Aristolochia): É pulmonar, diurética, emenagoga, detersiva e vulnerária. Favorece a expulsão das secundinas e cura os fluxos uterinos. Em loções com vinho cura a sarna e desseca toda espécie de chagas.


   Botânica oculta: O humo dos seus grãos acalma os epilépticos, os possessos e desata o nó da agulheira (designa-se assim o feitiço que impede o homem de realizar o ato sexual com determinada mulher).


ARNICA (Arnica montana): Recomenda-se para aliviar a cabeça nas tonturas transitórias. Dá excelentes resultados nos catarros pulmonares crônicos, sem febre, dos velhos e nas retenções de urina por paralisia da bexiga.


   É um remédio externo muito popular contra os golpes e quedas como resolutivo, mas a tintura deve ser diluída em água e não deve ser empregada pura. Em alguns casos, quando a contusão é forte e não há arranhaduras, pode ser empregada só ou então com muito pouca água.


   Botânica oculta: É uma das doze plantas dos antigos Rosa-Cruzes.    Planeta: Sol.


ARTEMÍSIA (Artemisa vulgaris): Desta planta, chamada também de erva-de-São-João, empregam-se as folhas, flores e raízes. É emenagoga, estimulante e tônica. Emprega-se com êxito contra a epilepsia. Fervida com vinho e tomada em pequenas doses, evita os abortos; muitíssimo indicada para provocar a menstruação.


   Botânica oculta: Era uma das doze plantas da antiga Rosa-Cruz. Colhida em dia de São João, se suspensa do tronco de um roble, no meio de um campo, este se torna fértil. Não podendo ser neste dia, pode ser colhida em qualquer sexta-feira antes do nascer do sol. Colhida de noite, esta planta constitui um poderoso amuleto contra todo tipo de sortilégios.


   Queimada como defumador no aposento de dormir, desata a ligadura da agulheira. Na Alemanha, na manhã do dia de São João confeccionam coroas de artemísia e as levam para junto das fogueiras, guardandoas depois como preservativos contra enfeitiçamentos. Na floresta normanda colhem-na durante a novena de São João, para destruir os malefícios que privam as vacas de dar leite.


   Na Áustria, nem o diabo nem os bruxos têm algum poder sobre quem leva consigo dita planta. Igualmente, um ramo colocado na porta duma casa evita o embruxamento da mesma. Na Alemanha meridional e na Boêmia confeccionam, na novena de São João, umas espécies de coroas com esta planta para depois as colocarem junto a uma imagem do santo evangelista, o qual iluminam com

uma ou três lâmpadas. Desta maneira se vêem livres e imunes contra feitiços para todo o ano.


   Esparramando suas folhas sobre um campo, por ocasião da semeadura, este fica preservado contra o granizo e as pedras. Com as três flores e as folhas desta planta fazem-se perfumes contra os espíritos guardiães de tesouros e contra os demônios.


AVEIA COMUM (Avena sativa): Contra os reumatismos. Cataplasmas quentes preparadas com vinho. Contra a hidropisia: 25 gramas de sementes reduzidas a pó; 250 gramas de água.


   Ferver pelo espaço de quinze minutos, deixar esfriar por um momento e coar com uma capucha de estamenha. Tomar quatro chávenas diárias, durante muito tempo. Além disso, é um excelente diurético, pois pode ser ministrado a doentes muito debilitados sem temor de extenuá-los.


   Contra as chagas pútridas: Cataplasma quente composta de 5 gramas de levedura de cerveja e 100 gramas de farinha de aveia. Para curar a sarna: deitar-se nu sobre um campo de aveia, esfregando-se a pele com um punhado de talos da mesma planta, molhados em água de fonte. Deixar secar, depois, a pele naturalmente debaixo duma árvore, que a sarna irá desaparecendo.


Desconhecemos suas propriedades mágicas.

Planeta: Sol e Lua.


AVELEIRA (Hamamelis virginica): Planta que o povo chama de Aveleira-da-Feiticeira. Tem muitas aplicações terapêuticas. Uma das propriedades mais notáveis da aveleira é a de ser antihemorroidal.


  Vejamos como se prepara a pomada para curar as hemorróidas: 100 gramas de manteiga sem sal. 10 gramas de tintura de Hamamelis. Ponha-se tudo junto homogeneamente num almofariz. Uso: três aplicações por dia. A tintura de Hamamelis se obtém da seguinte maneira: 100 gramas de álcool 90°. 20 gramas de pedacinhos de aveleira (casca e folhas secas).


Manter vinte dias em amolecimento, filtrar e envasilhar. Botânica oculta: a varinha-de-condão é feita de aveleira silvestre, cortando um ramo ao nascer do sol, em qualquer dia, no mês de junho. Existem tratados de magia adivinha-tória que recomendam seja cortada na lua cheia, mas também dentro do mês de junho.


   A maneira de servir-se desta varinha é a seguinte: Colhe-se um ramo aforquilhado de aveleira, medindo cinco centímetros de comprimento e da grossura de um dedo e que não tenha mais de um ano.


  Pega-se o ramo pelas pontas, uma em cada mão, sem apertar, de modo que o dorso olhe para o chão e o vértice da varinha olhe para a frente. Então se anda lentamente pelos lugares onde se supõe haja água, metais ou dinheiro escondido. Há outro modo de usar a varinha, que consiste em levá-la em equilíbrio sobre o dorso da mão e andar lentamente; quando passar por cima de um manancial, ela começará a dar voltas.


   O Pe. Kircher expressa-se de maneira bem clara: Colhe-se um rebento de aveleira (não exige que seja silvestre), bem reto e sem nós, corta-se em dois pedaços iguais, fura-se a ponta de um deles, formando um pequeno buraco; corta-se a extremidade do outro em forma de ponta, de modo que a extremidade de um penetre na do outro.


  Avança-se nesta posição, segurando-o entre os dedos indicadores. Quando se passa por cima de fios de água ou de veias metálicas, a varinha oscila acentuadamente.


Planeta: Mercúrio.


AZEDINHA-DA-HORTA (Rumex acetosa): É depurativa e refrescante. Cortada em pedacinhos e postos em vinagre forte branco, durante quarenta e oito horas, a raiz é um excelente remédio contra as erupções da pele.


  Emprega-se em loções. O suco desta planta, recém-extraído, é empregado com êxito quando aplicado sobre as úlceras pútridas e gangrenosas, sendo necessário recobri-las logo com algodão hidrófilo, que se prende com uma ligadura.


AZINHEIRA (Quercus ruber): Em terapêutica, usa-se apenas a casca desta árvore ramosa. É adstringente. Emprega-se contra as diarréias serosas, hemorragias, leucorréias, hemoptises.


   Administrada em grandes doses, usa-se contra a tuberculose pulmonar. A melhor maneira de se usar este material é em decocto. Durante quinze minutos, ferver 25 gramas de casca em pedacinhos em meio litro d'água. Deixar esfriar e coar.

Dose: quatro chávenas por dia, ou mais, se não se sentir uma imediata melhoria.


   Botânica oculta: De um antigo grimório latino copiamos o seguinte: "Para ser feliz nos negócios, tomar cinco bolotas de azinheira, colhidas em dia de domingo e em sua hora planetária; queimar e reduzir a pó. Este pó será guardado numa bolsinha de seda amarela e a pessoa a levará consigo. Este amuleto, chamado do Sol" — acrescenta o grimório — "favorece grandemente o que estiver incurso no processo."


BARDANA (Lappa maior): Fria e seca. Atua sobre as doenças da pele, úlceras, gota e sífilis.


   Dá excelentes resultados nos cálculos de rins e na bexiga, como também nas cólicas hepáticas. Aplicadas em cozimento, as folhas constituem um notável remédio contra a tinha. Usa-se em infusão: 25 gramas num litro de água. Desconhecemos suas propriedades mágicas.


BELADONA (Atropa belladona): Fria e úmida. Esta planta é muito ativa e, como o acônito e o Meimendro, seu emprego deve ser dirigido por um médico.


   Botânica oculta: Tem propriedades muito semelhantes ao meimendro e é outra das várias plantas que entram na composição da pomada das bruxas. Suas folhas secas e trituradas e misturadas ao açafrão e cânfora constituem um perfume mágico para afugentar as larvas do astral.


   Planeta: Saturno, Vênus.    Signo Zodiacal: Escorpião.


BETONICA (Betonica officinalis): Ingerida, produz abundantes defecações.

Exteriormente, aplica-se com êxito nas úlceras varicosas e nas chagas infetadas. Emprega-se em cozimento: 100 gramas num litro d'água.


   Botânica oculta: É indicada contra o embruxamento.


BISTORTA (Poligonum bistorta): Sua raiz é empregada como poderoso adstringente para combater as diarréias crônicas. Usa-se em garvarismos para curar as inflamações crônicas da boca e fortalecer as gengivas. Aplicada em loções, ajuda a cicatrizar todo tipo de chagas. É um grande tónico para combater a tuberculose incipiente, tomada com vinho (de 50 a 100 gramas).


   Desconhecemos suas virtudes mágicas.


BRIÔNIA (Bryoniaalba): O povo batizou esta planta com os nomes de nabo-galante, nabodiabólico, morte-do-diabo e outros vários.


   Seu uso interno oferece vários perigos. Recomendamos seu emprego para combater a inchação da garganta, do peito, do ventre, das pernas, etc, na seguinte forma: 25 gramas de raiz de briônia; 200 gramas de azeite puro de oliveira. Ferver até que seu conteúdo tome uma cor preta. Aplicar, friccionando, sobre a parte doente e colocar atadura, em seguida.


   Botânica oculta: Emprega-se em determinadas cerimônias de magia negra. Columela atribui-lhe a virtude de afastar os raios. Para isto, é preciso colocar um raminho de briônia em cada um dos quatro pontos cardeais do edifício que se desejar preservar da faísca elétrica.


   Planeta: Mercúrio.


BUGLOSSA (Anchusa itálica): O suco das folhas desta planta é excelente para curar as palpitações do coração. Para isto misturam-se 30 gramas de suco com igual quantidade de açúcar, até formar uma espécie de xarope. Tomar ao deitar-se, durante alguns dias.


   As flores são muito recomendáveis nas bronquites leves e nos catarros ligeiros. A melhor maneira de administrar estas flores para ditas doenças é como segue: Em meio litro de água, ferver 10 gramas de flores e folhas desta planta. Deixar esfriar e coar. Uso: Quatro ou seis chávenas divididas convenientemente durante o dia.


   Botânica oculta: Ignoramos suas propriedades mágicas.


CALDO-BRANCO (Verbascus thapsus): Desta planta, empregam-se folhas e flores. Serve para combater a asma, os tenesmos de sangue e a tosse.


   Administra-se em infusão. Em meio litro d'água, ferver folhas e flores misturadas, em quantidade de 10 gramas.


   Dose: Uma chavenazinha cada hora. Em afecções crônicas e passados os acessos, quatro chavenazinhas por dia. Em alguns casos de sífilis, as folhas têm apresentado bom resultado e, em infusão de leite, servem também contra a tuberculose pulmonar. Exteriormente, aplicam-se frescas para curar as feridas.


CAMÉLIA (Camelli): Planta originária da China,*importada para a Europa por um sábio jesuíta chamado Camelli, do qual tomou o nome que leva. Não possui aplicações terapêuticas.


   Botânica oculta: Convenientemente destilada, esta planta produz um azeite de um grande valor mágico, destinado à alimentação das lâmpadas empregadas em ritos teúrgicos, como as evocações angélicas. Seu uso é muito benéfico nas sessões espirituais, pois com ele se conseguiriam comunicações somente com espíritos muito elevados ou, pelo menos, com espíritos bondosos.


CANA (Arundo donax): Usa-se como depurativo suave e também para fazer passar o leite das amas-de-leite.


   Em meio litro de água, ferver durante vinte e cinco minutos 30 gramas de sua raiz reduzida a pó. Deixar esfriar e coar. Como depurativo, tomar quatro chávenas diárias. Como lactífugo, uma xicarazinha de três em três horas.


   Botânica oculta: O segredo que vamos apontar não sabemos se realmente é digno de crédito ou se pertence à crendice popular. Publicamos a título de curiosidade, pois se trata duma crença muito antiga que sobreviveu até os tempos presentes.


   Afirma-se que para curar um deslocamento de membros, por mais forte que seja, basta colocar em cima dois pedaços de cana cortados com esta intenção e postos dentro do outro. Há uma versão segundo a qual os pedaços de cana devem ser de duas canas distintas. De nossa parte acrescentaremos que muito bem poderia ter bom êxito semelhante prática, se aquele que a executa tem uma fé inquebrantável nela e "sabe pôr toda sua força de vontade".


Planeta: Mercúrio.


CANELA (Cinnamomum zeylanicum): A canela é a segunda casca duma árvore chamada caneleira que se cria no Ceilão e em outros países quentes.


   Emprega-se muito mais na arte culinária do que na terapêutica. E excelente para provocar as menstruações. Serve contra as indigestões, emoções fortes, síncopes, espasmos e outros acidentes análogos. Nestes casos se tomam umas colherzinhas desta casca em tintura, a qual se prepara como segue: 100 gramas de canela, reduzida a pedacinhos, que se deixam em amolecimento durante quinze dias em meio litro de álcool a 80P.


   Botânica oculta: Emprega-se nos perfumes mágicos do Sol e em certos filtros de amor, cujo uso o mago branco deve repelir.


CÂNHAMO HINDU (Cannabis indica): Planta originária do Oriente. É ativíssima. Não deve ser usada sem o concurso do médico, pois sem ele há o risco de envenenamento.


   Em tintura, recomenda-se contra os ataques de coqueluche, nas neuralgias e cefaléias. Aconselha-se como sedativo nos acessos provocados pelas úlceras estomacais. Pode ser usado como hipnótico, dado que suscita o sono. A tintura se prepara da seguinte maneira: 20 gramas de pontas de cânhamo. 100 gramas de álcool a 90.°. Deixar para amolecimento durante quinze dias e filtrar com papel. A

dose médica é de cinco a vinte e cinco gotas por dia.


   Botânica oculta: O cânhamo hindu produz um extrato gorduroso, do qual se fabrica o famoso haxixe. Em uma ou duas ingestões, este produto proporciona êxtases místicos, diabólicos ou extremamente eróticos, segundo a moralidade ou mentalidade do indivíduo que o usa. Estes êxtases são quase desconhecidos do Ocidente; em compensação, determinadas seitas utilizam-no e o aplicam sabiamente em suas cerimonias e ritos litúrgicos.


   Planeta: Saturno.


CEBOLA (Allium cepa): Cebola branca ou cebola comum. Esta planta hortense é diurética, estimulante, vermífuga, expectorante e afrodisíaca.


   Administra-se contra a retenção da urina, contra as lombrigas intestinais, o catarro pulmonar, a tosse bronquial e o escorbuto. Emprega-se o sumo recém-extraído por pressão, misturado com xarope numa dose de 4 a 8 gramas. Para uso externo aplica-se cozida ou crua.


  No primeiro caso, atua como emoliente e no segundo, como rubefaciente. Crua, usa-se contra as pneumonias, procedendo-se da seguinte maneira: Pôr a cebola cortada em cruz numa panela tampada e aquecer suavemente até que se desprenda uma pequena quantidade de água; em seguida, borrifar com essência de terebentina e aplicar sobre a parte doente. O sumo de cada cebola crua, aplicado em fricções sobre o couro cabeludo, detém a queda do cabelo.


  Contra a dor de ouvidos: cozer uma cebola ao rescaldo, colocá-la sobre um pedaço de pano com um pouco de manteiga fresca, sem sal, e aplicar tudo na orelha, num estado mais quente possível, durante uns minutos.


CEBOLA-ALBARRÃ (Scilla marítima): Muito conhecida do povo. Registramo-la

unicamente com o fim de premunir nossos leitores para que não façam uso dela na medicina caseira, visto que oferece sérios perigos. Ignoramos suas propriedades ocultas.


CELEDÔNIA (Chelinoum majus): Usada interiormente, é muito perigosa, razão porque só damos a conhecer seu uso externo.


   O suco desta planta, que pode ser extraído malhando-se a sua raiz num almofariz, extirpa as verrugas. Contra a supressão das regras, aplica-se uma cataplasma de dita planta sobre a pélvis. Para isto se deve malhar uma planta inteira, de bom tamanho, até conseguir um amassilho composto de talos frescos, folhas e raízes.


   Segundo um remédio popular, este sumo serve para aclarar a vista. Acautele-se contra o uso, pois corre o risco de ficar cego quem procurar utilizá-la.

Botânica oculta: A raiz da celedônia, colocada sobre a cabeça de um doente, em estado febril, pô-lo-á a cantar se realmente tiver que morrer e, ao contrário, se continuar vivendo se porá a chorar amargamente.

   Planeta: Sol    Signo Zodiacal: Sagitário.


CENTÁUREA MENOR (Erythrae centaurium): Seus talos e flores são um tônico amargo de primeira ordem na debilidade digestiva e falta de apetite.


   Administra-se contra as febres intermitentes, flatulências e gota. A infusão se prepara com 5 gramas de flores em meio litro d'água. Esquenta-se até ferver e coa-se. Aplica-se externamente sobre as úlceras escrofulosas e sobre as feridas.


   Botânica oculta: Segundo a lenda, foi descoberta pelo centauro Chirão. É antidemoníaca. Possui grandes virtudes mágicas; deve ser colhida, pronunciando-se palavras de encantamento (Plínio).


   Num antigo grimório, atribuído a Alberto Magno, se lê o seguinte: Se forem jogadas as pontas desta planta no azeite duma lâmpada com um pouco de sangue de poupa fêmea, irão provocar alucinações terríficas aos que são iluminados por dita lâmpada. Se for jogado um feixe desta planta ao fogo e se a pessoa ficar contemplando-o por um momento e logo dirigir o olhar para o céu, terá a impressão de que as estrelas estão se movimentando e caindo. Se alguém aspirar sumo de um galho queimado, sentirá medo.


   Planeta: Júpiter em Leão.


CEVADA (Hordeum vulgare): É nutritiva, emoliente e refrescante em sumo grau. Usa-se em decocto.


   Prepara-se como segue: Em meio litro d'água ferver, durante vinte minutos, 20 gramas de cevada descascada e moída. Deixar esfriar e coar. A farinha de cevada é empregada em uso externo para confeccionar cataplasmas muito úteis para dissipar e atenuar os humores.


   Botânica oculta: As espigas desta planta (Yava} em sânscri-to) eram oferecidas pelos brâmanes em sacrifícios aos deuses e aos sete príncipes espirituais.


   Planeta: Sol.


CHICÓRIA (Chicorium Intibus): Quente e seca. É depurativa e laxante.


   Contra as digestões lentas: fervam-se 20 gramas de folhas novas de chicória num litro d'água; deixar esfriar lentamente e depois coar. Tomar uma xícara depois de cada refeição. Com seu uso prolongado curam-se as cólicas hepáticas.


   Botânica oculta: De joelhos diante desta planta, no dia de São João Batista, antes do nascer do sol, levantar-se pausadamente e pronunciando em voz baixa, por três vezes, a palavra sagrada Tetragrámmaton.


   Levar a planta para casa e mantê-la guardada bem envolta em panos brancos e limpos. Com isto se obtém um poderoso amuleto contra todas as ciladas diabólicas e contra toda espécie de sortilégios.


   Desta benfazeja influência participarão todos os que moram na casa

onde está guardado dito amuleto.


CICUTA (Conium maculatum): Planta sumamente venenosa, pelo que se deve evitar seu uso interno sem indicação do médico.


   A cicuta pode ser facilmente confundida com o cerefolho e o perrexil. Para obviar funestas consequências, apontaremos as diferenças existentes entre as referidas plantas. A cicuta tem as folhas três vezes aladas; são folhinhas agudas, incindidas nos bordos. Seu cheiro é desagradável. O cerefolho tem as folhas semelhantes às da cicuta, porém são folhinhas curtas e largas. Seu cheiro lembra o do anis.


   O perrexil tem folhas inferiores duas vezes aladas; folhas largas, trioladas e em forma de cunha. Seu cheiro é muito pouco pronunciado. Para combater o envenenamento pela cicuta é preciso provocar o vomito e administrar, em seguida, os ácidos vegetais debilitados, tais como o suco de limão, o vinagre, etc.


   A cicuta não produz nenhum efeito tóxico nas cabras e carneiros, sendo venenosa para os coelhos, bois e cavalos. No homem provoca sede, dores de cabeça e do estômago, vertigens, delírios e, por último, esfriamento geral seguido da morte.


   Os frutos desta planta, que são menos ativos do que as folhas, utilizam-se para fabricar o anis. Aos condenados à pena máxima, os gregos davam de beber uma beberagem feita à base de cicuta. A história lembra com isto a morte de Sócrates.


   Botânica oculta: O suco desta planta faz parte da pomada dos bruxos. Preparada com vinho, produz um sono letárgico nos pássaros.


CINOGLOSSA (Cinoglossum officinalis): Conhecida com o nome de língua-de-porco, desta planta se aproveitam as folhas e a casca da raiz.


   Tem propriedades calmantes, peitorais, narcóticas e antidiarréicas. Excelente para combater os catarros bronquiais. Administra-se em decocto. 250 gramas de água; 15 gramas de casca da raiz. Ferver durante vinte minutos. Dose: tomar cinco chavenazinhas por dia, bem quentes. As folhas se aplicam em cataplasmas sobre as inflamações epidérmicas e as queimaduras.


   Botânica oculta: Trazida consigo, a raiz desta planta nos reconcilia com nossos inimigos e atrai-nos a simpatia de nossos semelhantes (Porta).


CIPRESTE (Cupressus sempervirens): O fruto desta árvore resinosa consiste em pinhas ou galhas.


   Sua decocção conserva os cabelos em sua cor primitiva, pois evita as cãs até uma idade muito avançada.


   Botânica oculta: O cipreste é o símbolo da morte. Com sua ramagem se coroava a fronte de Plutão. A madeira desta árvore serve para a construção da mesa triangular que se emprega em determinados trabalhos de bruxaria, como na imprecação dos "responsórios às avessas" e outros da mesma natureza. Utiliza-se também a madeira para jogá-la ao fogo junto com ervas e drogas, em certas evocações aos elementais.


COCA (Erythroxylum coca): Conhecida pelo nome de Coca do Peru.


   Arbusto cujas folhas, de propriedades excitantes como o café e o chá, são muito apreciadas pelos índios para mastigá-las. Os antigos ou primitivos índios do Peru tinham este arbusto como sagrado, queimando-o nos altares erigidos ao Sol.


   Possui uma ação tonificante que se emprega para aumentar a força em neurastênicos e convalescentes. Mitiga a fome e a canseira. Tem sido preconizada também para reduzir a obesidade. Das folhas desta planta se extrai a cocaína.


   Botânica oculta: As injeções hipodérmicas de seu sal, a cocaína, podem constituir um verdadeiro pacto com os seres do Astral, segundo o sábio ocultista Estanislau de Guaita (Le Temple de Satan, pág. 346).


   Planetas: Saturno e Sol.


COCLEÁRIA (Coclearia officinalis): Suas propriedades antiescorbúticas são conhecidas de há muito tempo.


   Recomenda-se também contra as afecções pulmonares, catarros bronquiais, catarros da bexiga e nas flores brancas. Use-se em infusão:


   Pôr ao fogo meio litro d'água com 25 gramas de folhas desta planta e, assim que começar a ferver, tirar e deixar esfriar, mantendo-se o recipiente bem tampado; coar em seguida. Dose: quatro a seis chávenas por dia. Desconhecemos

suas propriedades mágicas.


COENTRO (Coriandrum sativum): Chamada também coriandro, esta planta é usada para combater com êxito o histerismo, em todas as suas fases: as afecções gastrointestinais, a cefaléia e as quartas. Infusão: 200 gramas de frutos da planta num litro d'água.


   Quatro pequenas chávenas diárias, ou mais, segundo a intensidade do mal. Emprega-se-também para melhorar o sabor da cerveja.


   Botânica oculta: Com os frutos desta planta, reduzidos a pó e misturados com almíscar, açafrão e incenso, obtém-se um perfume de Vênus muito eficaz nas práticas de magia sexual. Os amuletos e talismãs amorosos devem ser defumados com este perfume (Agrippa).


CONSÓLIDA (Symphytum officinalis): Conhecida sob diversos nomes: Grande Consolda, Consolda Maior, Orelha-de-burro, Orelha-de-vaca, Língua-de-vaca, Erva-das-cortadu-ras, Erva-docardeal, Sínfito Maior, Sínfito-de-cão, Consolda e Solda-com-Solda.


   Os antigos atribuíam-lhe a propriedade de consolidar as fraturas. Daí a origem dos nomes de Consolida e Consolda. Seu largo rizoma (1), que contém muito mucílago e, além disso é algo adstringente, usa-se no interior contra a hemoptise e a diarréia.


   Administra-se em infusão. Durante vinte e cinco minutos ferver, em meio

litro d'água, 25 gramas de rizoma em pedacinhos. No exterior, em fomentações, para curar as queimaduras e as feridas. Em injeções uretrais e vaginais, para as doenças venéreas. Em emplastos e cataplasmas, para curar as deslocações, empregando o rizoma fresco e bem picado. Segundo Bramwell, favorece a formação de novos tecidos na úlcera do estômago.


   Botânica oculta: Quente e seca. Vênus em Sagitário ou em Aquário. Planta consagrada pelos gregos a Juno, primeira das divindades femininas e rainha dos deuses. Seu nome grego é Hebe.


CORRIOLA (Calystegia sepium): Planta encontradiça em quase toda a Espanha e cresce nos canaviais; é acre e tem uma resina semelhante à jalapina.


   Seu suco, muito leitoso, é purgante eficaz. Também suas folhas são purgantes, mas sua ação é menos ativa. A raiz desta planta é aconselhada para combater a paralisia incipiente.


   Botânica oculta: Se suas folhas forem aplicadas por um momento sobre uma chaga pisada e deixadas logo num lugar úmido, a cura da chaga se opera magneticamente. Uma infusão de suas folhas misturadas com vinho ou licor constitui um filtro de amor, isto é, tem a virtude de conservar a harmonia e o amor entre namorados. Trazendo-se junto a sua raiz, evitam-se as doenças das vistas, chegando até a serem curadas.


   Planetas: Júpiter e Sol.

   Rizoma: Talo horizontal e subterrâneo, como o do lírio comum.


COUVE (Brassica oleracea): Os antigos consideravam-na como um remédio universal.


   Hipócrates prescrevia-a cozida com mel para atacar toda espécie de cólicas. Durante a gravidez as mulheres atenienses comiam abundantes pratos de couves. O entusiasmo pela couve foi tamanho que se chegou a atribuir à urina das pessoas que se alimentavam de couves, a virtude extraordinária de curar as herpes, as fístulas e até o câncer. As dores lombares desaparecem com a aplicação de folhas cozidas, bem quentes. Se aplicadas sobre os peitos das amas-de-leite,

fazem desaparecer os infartos mamários.


   Em cataplasma, dão muito bons resultados contra as dores reumáticas. Para isso, devem ser aplicadas bem quentes e renová-las cada duas horas, no mínimo. As sementes da couve são um excelente vermífugo.


   A couve vermelha, chamada Lombarda, comida antes de um banquete, evita os mal-estares produzidos pelo vinho tomado em grande quantidade. Tem propriedades contra as flatulências, a bílis e a icterícia.    Signos Zodiacais: Câncer e Escorpião.

   Planetas: Lua e Júpiter.


CRAVINHOS (Eugenia cariphylla): Conhecidos vulgarmente com o nome de Cravos-de-Especiaria.


   São originários das Molucas e de Caiena. Estes últimos são os melhores. Têm

propriedades tônicas, estomacais, cordiais e estimulantes. Empregam-se em infusão e tintura.


   Infusão: Em meio litro d'água, ferver quatro gramas de cravinhos. Dose: Uma colher de três em três horas. Tintura: Em 100 gramas de álcool a 80° amolecer 20 gramas de cravinhos. Dose: de 3 a 8 gramas diárias, misturadas com água-de-flor-de-laran-jeira.


   No uso externo se recomenda a tintura em fricções para combater a paralisia e a fraqueza muscular. Esta medicação abaixa a temperatura durante o estado normal. Acalma momentaneamente a dor de dentes, mas é um remédio nada recomendável.


   Botânica oculta: Planta quente e seca. Colhe-se quando o Sol está em Peixes ou quando a Lua está em Câncer. A essência dos cravinhos se usa em vários trabalhos de magia negra.


   Associada ao fósforo, atrai as larvas, pois deles se nutrem consideravelmente. Se um hipnotizador, durante o seu trabalho, conserva na boca um cravo de especiaria, aumentará sobremodo sua força nêurica. A essência dos cravinhos se emprega em determinados trabalhos de magia sexual.


CULANTRILHO (Adianthum capillus): Conhecido pelo nome de Culantrilho-do-poço. E um feto que cresce nas paredes dos poços e nas fendas de rochas úmidas.


   Emprega-se fresco, pois logo perde suas propriedades curativas. Facilita a expectoração e acalma as dores do peito. Favorece o aparecimento das regras. Usa-se em loções para tonificar o couro cabeludo, pois evita a queda dos cabelos.


   Botânica oculta: A coroa de Plutão era formada das folhas desta planta. Plutão era divindade mitológica que presidia e governava as regiões infernais. Seu nome grego é Hades.


   Planeta: Saturno.


DAMIANA (Turner aphrodisiaca): Planta do Brasil, Califórnia e México, da qual se usam apenas as folhas.


   É diurética e afrodisíaca. Sua ação fundamental consiste em ser um bom tônico nervoso, cujo efeito é duradouro. Indicada na neurastenia, nas convalescenças lentas e na impotência. Um bom estimulante das funções cerebrais e excelente nos casos de dispepsia e na gastralgia, acompanhada de enxaqueca. Recomenda-se igualmente na albuminúria que se segue a uma escarlatina, nas afecções dos rins e da bexiga. Usa-se em infusão, em decocto e em tintura.


   Infusão: 10 gramas de material esfarelado num litro d'água. Decocto: 30 gramas de material num litro d'água. Dose: de 60 a 125 gramas por dia. Tintura: 20 gramas de material em 100 gramas de álcool de 90P. Deixar amolecer durante quinze dias. Dose: Quarenta gotas por dia, dissolvidas em vinho ou água aromatizada e açucarada. Ignoramos suas propriedades mágicas.


DENTES-DE-LEÃO (Taraxacum dens leonis): Planta vulgar e comum em nossos campos e prados; segrega um abundante e amargo suco leitoso.


   Desta planta usam-se as folhas e a raiz. Seu decocto acalma a tosse e as irritações do peito; dá resultados muito bons contra os escarros de sangue; excelente febrífugo e sudorífico. Excita o curso da bílis e exerce uma ação favorável nos infartos do fígado e na icterícia. Provoca as contrações da vesícula biliar. Além

disso, tem propriedades diuréticas e depurativas que a aconselham nas afecções crônicas.


   Decocto: Em meio litro d'água colocar 10 gramas de material esfarelado.


DÍTAMO BRANCO (Dictamus a/bus): Erva ramosa, com folhas semelhantes às do freixo, razão porque é vulgarmente conhecida pelo nome de freixinho.


   Balsâmico, sedativo, sempre verde. Estimula e favorece a digestão e regulariza o fluxo menstrual. Suas folhas, em compressas, são excelentes para as mulheres grávidas. Usa-se em decocto. Ferver 10 gramas do material em meio litro d'água. Deixar esfriar e coar.


   Botânica oculta: Uma coroa destas folhas colocada na cabeça duma pessoa magnetizada contribui, de maneira surpreendente, para o desenvolvimento da clarividência sonambúlica. A raiz do dítamo branco, quando deixada secar e lançada ao fogo, produz um humo que favorece igualmente o trabalho do magnetizador e ajuda o indivíduo refratário.


   Planeta: Sol

   Signo Zodiacal: Câncer.


ÊNULA-CAMPANA (Inula Helenium): Desta planta se aproveitam a rizoma e raiz.


   Emprega-se contra os catarros bronquiais, retenções de urina, irregularidades do fluxo menstrual e na leucorréia, na falta de apetite e nas pneumonias para acalmar a tosse e favorecer a expectoração. Indicada na dispepsia atônica para estimular a mucosa do estômago. Excelente, também, contra a diarreia.


   Administra-se em decocto. No espaço de quinze minutos, ferver 3 gramas de rizoma em meio litro d'água e deixar esfriar. Dose: Quatro chavenazinhas diárias. O pó de rizoma é muito eficaz contra as doenças do baço. Tomar, em jejum, 9 gramas por dia, diluídos em vinho generoso. Aplica-se em loções contra as úlceras de mau cariz.


   Botânica oculta: Num grimório muito popular, Os Segredos do Pequeno Alberto, se lê o seguinte: "Na noite de São João, ao soar a meia-noite, colhe-se a erva chamada Ènula-campana, põe-se a secar e reduz-se a pó, acrescentando-lhe uma pequena quantidade de âmbar cinzento.


   Ponha tudo numa bolsinha de seda verde e leve-se junto do coração durante nove dias. Coloquem-se imediatamente estes pós em contato com a pele da pessoa que se ama (sem que ela perceba) e se despertará nela um amor irresistível para com quem fez o trabalho descrito".


ERVA-DE-SANTA-MARIA (Tanacetum vulgare): A infusão de pontas floridas corrige as irregularidades mensais. Dose diária: 8 gramas.


ERVA-GATEIRA (Nepeth cataria): Desta planta se empregam as pontas floridas para combater a fraqueza consuntiva, a languidez, o escorbuto, as neuralgias, as síncopes, a atonia digestiva e a menstruação anormal. É também anti-histérica. Usa-se em infusão. Em meio litro d'água fervem-se 10 gramas de pontas.


   Dose: Quatro calice-zinhos ao dia.


   Botânica oculta: Colhida sob um aspecto favorável e sabendo extrair o "arcano'', como indica Paracelso, constitui uma poção que tonifica o corpo de uma maneira prodigiosa e proporciona uma longa vida, isenta de doenças.


   Planeta: Mercúrio.


ERVA-MOURA (Solanum nigrum): Suas bagas são ligeiramente narcóticas, podendo produzir acidentes funestos devido ao seu uso intempestivo. Por esta razão nos abste-mos de indicar o uso desta planta. Tem propriedades sedativas e emolientes.


   Botânica oculta: As bagas, misturadas com ramos de mirta, lançadas sobre brasas vivas, constituem um bom perfume mágico para afugentar as larvas do plano astral.


   Signo Zodiacal: Libra.


ESCABIOSA (Succina pratensis): Nasce em terrenos úmidos e argilosos e dela se utilizam as folhas e as raízes.


   Suas propriedades suforíficas e depurativas tornaram esta planta popular no tratamento da pequena varíola, do sarampão, da escarlatina e das febres pútridas.


   Seu decocto é preparado da seguinte maneira: Durante vinte e cinco minutos ferver 30 gramas de folhas de escabiosa em meio litro d'água. Deixar esfriar e coar. Devido à sua propriedade adstringente, emprega-se em lavagens vaginais, para combater a leucorréia (flores brancas).


   Sendo, além disso, vulnerária, aplica-se exteriormente para lavar as úlceras. Desconhecemos suas propriedades ocultas. Fria e seca.    Signos Zodiacais: Planeta Touro ou Libra - As pontas, sob Áries.

   Planeta: Mercúrio.

ESPINHEIRO CERVICAL (Rhamnus catharticus): As bagas deste arbusto desprendem um cheiro muito desagradável e constituem um purgante enérgico.


   Utilizam-se como derivativos intestinais nos cardíacos e nos urêmicos. Provocam uma reação salutar na apoplexia e na congestão cerebral. Usam-se contra as lombrigas com resultados muito bons. Tomam-se em jejum, de 15 a 20 bagas, segundo a idade do paciente.


   Botânica oculta: Quente e seco. Planta consagrada a Saturno. Emblema da inveja. Foi utilizado para confeccionar a coroa de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em certos ritos simboliza a virgindade, o pecado, a humilhação. Seus ramos, com seus frutos (bagas), colados às portas e janelas de uma casa, neutralizam os esforços dos bruxos e impedem a entrada dos maus espíritos.


   Signo Zodiacal: Libra.


ESTRAMÔNIO (Datura stramonium): Cresce em lugares não cultivados, em terrenos arenosos e entre escombros. Suas folhas são amargas e exalam um cheiro nauseabundo.


   Administra-se em várias formas, mas, em se tratando duma planta perigosíssima, aconselhamos que só se empreguem suas folhas dessecadas para fumá-las em cigarros contra a asma, pois é um remédio que sempre alivia, deixando as diversas aplicações que tem à disposição do médico.


   Botânica oculta: Na Magia Negra se faz uso extraordinário desta solanácea. Por isso os franceses a chamam de "erva-do-diabo". Uma dose grande dela entra na composição da pomada dos bruxos, com a qual se untavam todo o corpo para assistir à festa sabática denominada Conciliábulo.


   Planeta: Saturno.


FAIA (Fagus sylvatica): Desta árvore se aproveita a casca. É aperitiva e antifebrífuga.


   Emprega-se em decocto numa dose de 30 gramas de casca seca ou 15 de fresca, com 200 gramas de água, administrando-a uma hora antes do acesso. Em dose maior, é purgante e vomitiva.


   Botânica oculta: O talo, reduzido a pó, serve de perfume para atrair as influências saturninas.


   Planetas: Júpiter e Saturno.


FAVA (Faba vulgaris): A decocção de favas é boa contra o mal-de-pedra.


   O emplasto feito com sua farinha resolve os tumores das partes sexuais. A farinha de favas é excelente contra as queimaduras de sol e os escaldamentos produzidos por água fervendo. Por isso se esfrega a parte doente durante dez ou mais minutos e logo se aplica uma compressa da própria farinha.


  Botânica oculta: Suas flores levam a marca dos infernos, segundo a escola de Pitágoras. As favas, colhidas em fins de outubro, estão sob os auspícios de Escorpião com Mercúrio. O fruto é de Saturno e da Lua.


FETO MACHO (Polystichum fílix mas): Desta planta se emprega o rizoma, que é dulcíssimo, nauseabundo, algo adstringente.


   Tem sido apregoado como o melhor expulsor de tênia ou solitária; contudo, se sempre expulsa a tênia oriunda da carne de boi, algumas vezes falha em se tratando de tênia originária da carne de porco.


   A preparação mais usada é a tintura etérea concentrada, mas pode ser empregada também em pó embora seus resultados não sejam sempre tão eficazes. Por isso deverão ser tomadas em jejum, de uma só vez, 10 gramas de pó de feto macho diluído em 125 gramas de água. Transcorrida uma hora, toma-se um purgante. A dose para crianças é de 50 centigramas para cada ano de idade. Num tratado de medicina do século XVI lemos o seguinte: A raiz em pó é boa contra a solitária; cozida em vinho, abre as obstruções do baço, cura a melancolia, provoca as regras e evita a concepção.


   Botânica oculta: Esta planta simboliza a humildade. Tem abundantes aplicações na Magia Negra. Destrói os pesadelos, afasta o raio e atua contra os feitiços.


   No livro Traité des Superstitions, do erudito J. B. Thiers, se fala extensamente desta planta. É obra que data do século XVII. Dela transcreveremos somente aquilo que faz referência ao enfeitiçamento do feto colhido na noite de vésperas de São João.


   Reza o seguinte: "Na véspera de São João, ao dar os primeiros toques das

doze horas, colocareis uma toalha nova de linho ou cânhamo, ainda não servida, debaixo dum arbusto de feto que de antemão já deveis ter escolhido e benzido em 'Nome do Pai, em Nome do Filho e em Nome do Espírito Santo, Amém', para que o demônio não levante obstáculos contra vossa empresa.


   Ao começar o trabalho, traçareis um círculo mágico ao redor da planta, colocando-se dentro dele as pessoas que tomem parte na cerimônia, cujo número há de ser de uma ou três. Uma vez dentro de dito círculo, deve-se recitar a ladainha dos anjos, em voz alta, a fim de obrigar o demônio a retirar-se, o qual, apesar disso, pretenderá assustar os oficiantes para que não consigam seu propósito; mas, ao ouvir a ladainha, ipso facto, as entidades infernais se retirarão daquele lugar.


   Terminada a ladainha angélica, recolher-se-á a semente e se procederá, com toda equidade, à sua repartição, procurando que não surjam disputas nem se origine descontentamento pois, se assim fosse, a semente do feto perderia grande parte de suas virtudes". Em seguida vem citada a ladainha dos anjos, por ordem hierárquica. As invocações sobem a setenta e duas.


   Enumeram-se em seguida as virtudes maravilhosas do feto, que são muitíssimas, das quais citamos algumas: "Toda pessoa que tiver esta semente, se com ela tocar outra pessoa com o propósito de causar-lhe algum mal, ou se tocar com ela alguma mulher para satisfazer com ela qualquer desejo luxurioso, pecará mortalmente.


   A semente tem a virtude contra todo espírito maligno que se tenha apossado duma pessoa (homem, mulher ou criança) para o que basta tocá-la com dita semente, concentrando toda vontade em querer curá-la. Tocando com ela com fé inquebrantável uma pessoa que se ache doente ou desconsolada, esta sarará e encontrará o consolo necessário.


   Tantas são as virtudes que esta semente tem, que só mesmo a pessoa que a possui é que pode informar a respeito". Em seu Dictionnaire Infernal Collin de Plancy diz:


   "Ninguém ignora os meios diabólicos de que os bruxos se valem para obter os grãos de feto. No dia vinte e três de Junho, véspera de São João Batista, depois de haver jejuado durante quarenta dias, colhem nesta noite os grãos desta erva, que não tem tronco nem flor e que renasce da própria raiz; o espírito maligno zomba destes miseráveis bruxos, aparecendo-lhes durante a noite, em meio a uma tempestade violenta, sob uma forma horrível para amedrontá-los mais". O autor continua, explicando o modo de conseguir a maravilhosa semente, cujo modus operandi pouco varia daquilo que já conhecemos.


   Planeta: Saturno.    Signo Zodiacal: Sagitário.


FIGUEIRA (Ficus carica): Desta árvore usam-se os frutos e a casca verde.


   Os figos secos são emolientes e peitorais. Curam os calos, bastando para isto ficar com um aberto durante dias. Aplicados sobre os tumores da boca, abranda-os e resolve. A casca fresca detém as hemorragias nasais. Por isso é preciso cortá-la e a massa resultante se aplica nas fossas doentes.


   Botânica oculta: Com as folhas desta árvore se coroava Saturno e entre os romanos era uma árvore sagrada. Os gregos a dedicaram a Mercúrio; os espartanos, a Baco. Na índia era consagrada a Vishnu. Um ramo de figueira colhido sob o aspecto planetário conveniente acalma a fúria dos touros. A sicomancia constituía uma adivinhação com as folhas da figueira. Escrevia-se a pergunta numa folha e, de acordo com o tempo que levava para secar, concluía-se o vaticínio. O fruto branco pertence a Júpiter e Vênus. O fruto negro, a Saturno.


   Signo zodiacal: Aquário.


FUNCHO (Foeniculum vulgare): Suas propriedades medicinais são muito parecidas às do anis; os frutos do funcho e as pontas exalam um cheiro agradável; são carminativos e muito úteis na atonia digestiva, acompanhada de histerismo e hipondria, e são indicados também para as cólicas nervosas das crianças.


   Estes frutos constituem um dos melhores medicamentos para aumentar a secreção do leite. As folhas se empregam tanto exterior como interiormente como resolutivos; a raiz se usa como diurética e sua casca, como aperitivo. Infusão: Em meio litro d'água, ferver 10 gramas de material. Tapar, deixar esfriar e coar.


   Dose: De quatro a cinco calicezinhos por dia.

   Botânica oculta: Quente e úmido.

   Signos zodiacais: Peixes ou Aquários.

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