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O Ramayana - Segunda Parte

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 5 de jun.
  • 5 min de leitura
Imagem representando Rama resgatando Sita.

 O rapto de Sita por Ravana simboliza a batalha entre o bem e o mal. Ao ser atraída para fora dos limites seguros da floresta por um cervo dourado ilusório, Sita se vê frágil diante da abordagem prejudicial de Ravana. Ele, assumindo a aparência de um mendicante, se aproxima da princesa e a captura em um ato de traição, levando-a em sua carruagem voadora para sua cidade de Lanka, com planos de torná-la sua rainha.


 Sita, desesperada e impotente, grita por ajuda. Ao ser raptada por Ravana, ela enfrenta várias provocações traiçoeiras e tentações persuasivas, com o intuito de abalar sua fidelidade. Ele não poupou esforços para conquistá-la; dirigia-se a Sita com arrogância, vangloriando-se de seu poder e riqueza, e menosprezava Rama, retratando-o como incapaz de resgatá-la. Ravana insistia que Sita merecia estar ao lado de um grande regente como ele, oferecendo reinos e joias em troca da sua entrega amorosa.


 Porém, Sita, firme em sua lealdade a Rama, permanecia inabalável, ignorando as palavras venenosas do rei demônio e demonstrando força e virtude indomáveis.


 Ravana não era somente um rei poderoso, mas também uma entidade de terror e reverência temida por todos. Seu exército de rakshasas o seguia com lealdade inabalável, seu domínio ia além de Lanka, sendo respeitado e temido entre os povos vizinhos.


 Ravana, com suas dez cabeças imponentes e vinte braços que se moviam com agilidade e força, representava o mal. Sua habilidade e destreza no combate e sua mente aguçada o tornavam um estrategista nato.

Imagem representando Ravana com suas 10 cabeças.

As múltiplas cabeças de Ravana são frequentemente interpretadas como representações de sua sabedoria e conhecimento, apontando para a sua capacidade de entender e manipular diversas circunstâncias e realidades. Cada cabeça pode ser vista como um aspecto de sua personalidade e habilidades, refletindo um leque de desejos e motivações que se intercalam com a sua busca por domínio e honra. Já os braços, símbolo de força e ação, denotam não apenas o poder bélico e a capacidade de luta, mas também simbolizam a ambição

desmedida e a propensão para a ambição a qualquer custo.


 Rama, com a ajuda de seu dedicado irmão Lakshmana e do leal e poderoso Hanuman, lidera uma expedição para resgatá-la das garras malignas. Aqui, vemos que sentimentos profundos revelam não somente a luta incessante entre o bem e o mal, mas também a força indomável do amor verdadeiro e a grande importância do sacrifício pelo dever e pela honra.


Imagem representando deuses indianos.

 Rama conseguiu uma aliança importante com os Vanaras, o destemido povo macaco, conhecido por sua bravura notável e habilidades em combate feroz e estratégia militar. O exército Vanara ofereceu não apenas sua força bruta, mas também o conhecimento para a difícil missão de resgatar Sita.


 Essa aliança não apenas representava uma união de forças contra o inimigo comum, mas também se configurava como um símbolo poderoso de solidariedade e amizade, repleta de esperança genuína de que juntos seriam capazes de superar todos os desafiadores obstáculos que estivessem por vir e, assim, trazer Sita de volta em segurança para casa. Essa união estratégica revelou-se absolutamente vital, uma vez que os Vanaras tinham um conhecimento detalhado e profundo das florestas densas e terras ao redor, facilitando imensamente a busca por pistas quepoderiam levar até Sita, ao mesmo tempo em que auxiliarem Rama em desbravar terrenos desconhecidos e perigosos.



Imagem representando Rama na sua prova dentro da floresta.

Hanuman tornou-se um símbolo de coragem e devoção e importante na aliança sagrada com o grande Rama. Dotado da habilidade de mudar de forma e com uma coragem que nunca flutua, Hanuman foi fundamental na localização de Sita nas profundezas de Lanka. Ele conseguiu infiltrar-se nas fortificações inimigas, trazendo de volta a Rama informações vitais do cativeiro de Sita. Hanuman provou que a força combinada do coração e da mente move montanhas e uni mundos em um maravilhoso espetáculo de união e determinação.


 Com a aliança estabelecida e a estratégia cuidadosamente elaborada, o exército de Rama avança, rompendo as barreiras demoníacas com coragem e força, chegando aos portões do palácio de Ravana, firmes e fiéis ao juramento sagrado de resgatar a amada Sita do cruel e poderoso rei Ravana. Rama e seu exército precisam enfrentar Ravana e seus demônios, provando que a libertação espiritual exige esforço, disciplina e superação de desafios internos e externos.


 No momento decisivo da batalha, Rama confronta Ravana num embate que ressoaria eternamente nas lendas. O céu de Lanka torna-se palco de uma feroz disputa entre o virtuoso príncipe e o demoníaco rei. Dotado de astúcia e poderes místicos, Ravana lança seus ataques com uma fúria inegável, mas Rama, com o apoio de Lakshmana e a sabedoria divina obtida de rishis e deuses, permanece firme. O confronto culmina com a infalível flecha de Brahmastra nas mãos de Rama, que atravessa os dez corações de Ravana, pondo fim à era de terror restaurando a paz e justiça.


Imagem representando Rama matando Ravana.

 Quando Ravana é derrotado e Sita é liberta, a jornada não acaba imediatamente. Sita ainda precisa passar pelo teste do fogo, mostrando que a verdadeira libertação acontece apenas quando todas as impurezas e dúvidas são queimadas pelo fogo da consciência.


 Hanuman tornou-se um símbolo de coragem e devoção e figura importante na aliança sagrada com o grande Rama. Dotado da habilidade de mudar de forma e com uma coragem que nunca flutua, Hanuman foi fundamental na localização de Sita nas profundezas de Lanka. Ele conseguiu infiltrar-se nas fortificações inimigas, trazendo de volta a Rama informações vitais do cativeiro de Sita. Hanuman provou que a força combinada do coração e da mente move montanhas e une mundos em um maravilhoso espetáculo de união e determinação.


Conclusão:


 A segunda parte do Ramayana, que aborda o sequestro de Sita por Ravana e a jornada para resgatá-la, pode ser vista como uma metáfora profunda para os desafios espirituais enfrentados na vida contemporânea. Ravana pode simbolizar as forças da ilusão e do ego, enquanto Rama e seus aliados encarnam a jornada da consciência em busca da iluminação e da libertação do ser.


 • A sociedade moderna frequentemente nos afasta do nosso verdadeiro

propósito, aprisionando-nos em ciclos de consumismo, medo e desconexão espiritual.


 • Ravana representa a voz do ego, que tenta nos seduzir com promessas de poder, prazer e status, mas, no fundo, só nos mantém longe da verdade interior.


 • A busca pelo autoconhecimento e pela liberdade espiritual exige aliados – mestres, ensinamentos, práticas e comunidades que auxiliam a nos reconectar com nossa essência.


 • Hanuman simboliza a devoção e a fé inabalável, que nos dá força para atravessar os desafios internos e externos.


 • Cada pessoa precisa passar por suas provações, abandonando o medo, as ilusões e os apegos.


 • A libertação não vem sem esforço – exige luta interna, disciplina e fé.


 • A jornada não é sobre derrotar um inimigo externo, mas sim sobre vencer as limitações internas e reencontrar nossa verdadeira essência.

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