O Poder da Magia

Filosofia do Oculto

O poder da magia é ao mesmo tempo material e espiritual; ela pode agir à distancia, mas também por contato direto; é um poder flexível, que se move sem se mexer, natural e sobrenatural ao mesmo tempo; divisível e contínuo.

O adepto da Umbanda Esotérica tem suas particularidades no tratado sobre as operações Magísticas e as formas de manipulação e operação das mesmas. Os pontos riscados, ou seja, ou escrita da Pemba. Matta e Silva descreve a Lei de Pemba, Pontos Riscados, em seus livros que os símbolos usados, e os Pontos Riscados na Umbanda Esotérica, antecedem em muito o alfabeto hebraico, o qual os iniciados na cabala judaica utilizam em seu rituais.

E que antecedem em muito o alfabeto Vattan, revelado a todos pelo Marquês de Saint D’Alveydre, no Livro o Arqueômetro, que traz um alfabeto de 22 caracteres em formas geométricas, números, cor e nota musicais que formam a coroa da Palavra.

“Ora, em que se sintetizam os grandes mistérios da Kabala? Um triângulo, um quadrado, um circulo e um ponto. Dez algarismos e 21 letras (há mais uma que sintetiza vinte duas, sendo a sintése de todos os significados) que fornecem os princípios do Verbo manifesto, mas não são ainda os princípios originais escritos deste Verbo–Som que coordena o mundo." - Matta e Silva

Matta e Silva analisa o livro de Saint-Yves D’Alveydre, O Arqueômetro (Editora Madras). Em seu estudo na Índia, teve contato com o alfabeto e que denominou de Wattan/Vattan. A origem desse alfabeto data os brâmanes.(...) Vattan, que segundo D’Alreydre é formado VAD + TAN (sânscrito vad) + TaNa = Vattan poderia significar “falar + soar", isto é, “o soar da fala, o som da fala, a palavra falada”. Como VAD ainda traz a noção de uma sonoridade musical, pode ser uma referência à métrica poética, musical por excelência.

Acreditamos mesmo em uma "palavra cantada" ou soando harmonicamente. Varias línguas possuem sonoridade, os chineses e tibetanos, por exemplo. E as métricas sânscritas possuem três notas musicais na letra dos Vedas. A ideia não é, portanto, absurda. Em qualquer das situações fica evidente a importância da sonoridade na palavra e não de sua representação escrita. Quer-se ver aqui a palavra representada como não existindo sem sua fonte sonora.

Uma palavra pode ser falada e nunca escrita, mas nunca poderia ser escrita e não pronunciada! Talvez esteja aí a razão de D’Alveydre chama-lo de alfabeto das letras falantes(...) Abaixo, o alfabeto Wattan, que segundo D’Alvereydre, deu origem aos outros alfabetos.

Osvaldo Olavo Ortiz Solera

A Magia do Ponto Riscado na Umbanda Esotérica Olavo Solera (Págs. 56, 57, 58)