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As Três Classes de Umbanda Praticadas

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 11 de fev.
  • 2 min de leitura
Ilustração de um sábio ancião de manto marrom, segurando um livro aberto, com símbolos esotéricos, caveira e ampulheta ao redor.

    Cícero: - Mais uma pergunta: em face desses conceitos, desejo saber, oh! ‘preto-velho’, como se qualificam, no panorama de tantos e tantos “terreiros” , as modalidades de “Umbanda” existentes? Essa lei, essa corrente, esse movimento não obedece a diretrizes ou regras de cima para baixo?


   Preto-Velho: - Sim... Boa pergunta você me fez, oh! Filho esperto... Neste panorama umbandista, você pode identificar, com a maior facilidade, três classes de Umbanda praticadas...


   A PRIMEIRA CLASSE é a que engloba o maior numero de agrupamentos ou terreiros. Está puramente construída pelos seres humanos. É essa mesclada rudimentar, confusa, de cada um fazendo o seu “terreiro”, seu ritual, segundo o seu entendimento ou a sua “sabedoria” sobre Umbanda, sabedoria essa baseada exclusivamente, no que viu e ouviu em outros “terreiros” similares, onde predomina o sincretismo afro-católico.


    Esse ambiente nos dá muito trabalho de fiscalização astral – de cima – pois estão fortemente influenciados pelo baixo mundo astral. Nesses agrupamentos, a doutrina é quase inexistente. De Evangelho, quando alguém lhes fala, bocejam de tédio e indiferença. Não há quem faça a adaptação desses evangelhos a seus entendimentos, levando em conta seus estados de consciência - de ignorância dessas coisas; mas o incremento da Luz prossegue, por baixo e por cima, firme e serenamente, enquanto eles se ocupam mais em tocar seus tambores e bater suas palmas.


   A SEGUNDA CLASSE vem com menos volume de agrupamentos e se prende àqueles que são mais elevados, mais simples; desejam praticar Umbanda, pautados nos ensinamentos dos evangelhos, no que eles revelam de mais necessário.


   Para isso, apelam para corrente dos “caboclos” e “pretos-velhos” a fim de ajudá-los nesse mister. Fazem um ritual suave, sem palmas, sem tambores. Aproveitam a força e a beleza de certos pontos cantados ou hinos, que sabem serem de raiz. Esse é um dos aspectos que aprovamos, dada a sinceridade de propósitos, desde que não saiam da faixa religiosa, doutrinaria e mesmo de certa cautela com o lado fenomênico.


   Assim, procuramos com paciência e até mesmo tentamos localizar algum possível aparelho ou veículo mediúnico e, por ele, fazer positivas incorporações para estabelecermos os Princípios ou Regras da Umbanda na teoria e na prática.


   A TERCEIRA CLASSE, com uma quantidade mínima de agrupamentos, é a que se identifica com Ordens e Direitos de Trabalho. Isso acontece quando temos ordens para agir sobre um legítimo aparelho ou médium. Aí, imediatamente estabelecemos esses citados Princípios e Regras da Umbanda, a par com a caridade que vamos praticando. Esse é o único aspecto ou classe capacitada a movimentar a terapêutica dita como natural e astral, dentro da magia positiva, sempre para o bem comum e que se firma nos verdadeiros sinais riscados e já classificados como Lei de Pemba e sobre os quais voltarei a falar.


Agora, devo frisar o seguinte: o nosso contato – dos Guias e Protetores – com esses médiuns e aparelhos-positivos não se dá exclusivamente por via incorporativa. Fazemos e assistimos também, pelos que têm vidência, intuição, audição e gostamos muito de fazê-lo pelo tipo de mediunidade sensitiva, os únicos que não podem ser enganados ou mistificados.


W.W. da Matta e Silva

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Logotipo do Terreiro de Umbanda Ogum Megê, composto por um triângulo azul com uma cruz vermelha e luz verde irradiando.

Terreiro de Umbanda Ogum Megê /
Casa de Ogum Guerreiro e Yansã

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